Avanço da doença assusta também os tutores dos animais de estimação, que temem a infecção nos pets. Com o avanço no número de casos de febre amarela e com a confirmação do primeiro caso em Curitiba, tutores temem pela saúde dos animais de estimação. Cachorros e gatos, porém, não têm nenhum registro de desenvolverem a doença, até o momento – notícia que deve trazer alívio tanto aos tutores quanto a quem convive com os animais.

Mesmo que um mosquito com o vírus da febre amarela pique o animal, ele não transmitirá a doença ao ser humano. Os hospedeiros oficiais da doença são o homem e o macaco. É preciso reforçar, no entanto, que mesmo sendo hospedeiro do vírus, os macacos não transmitem a febre amarela ao ser humano – e não devem ser sacrificados. Os transmissores são os mosquitos, os inimigos oficiais.

O motivo que faz cachorros e gatos escaparem dessa infecção, de acordo com Adolfo Sasaki, médico veterinário diretor clínico do hospital veterinário VetSan e chefe da equipe veterinária do Hiperzoo, se deve à insensibilidade dessas espécies.

“Mesmo que o cachorro seja picado pelo mosquito com o vírus da febre amarela, ele não desenvolve a doença e nenhum sinal clínico. O vírus não consegue se desenvolver no animal, e é por isso que ele não se torna um hospedeiro”, explica.

Há, no entanto, outras doenças que são transmitidas aos animais de estimação, especialmente os cachorros, por meio da picada dos mosquitos e exigem a atenção dos tutores nessa época do ano. A leishmaniose, condição comum de áreas mais quentes do país, tem avançado a outras regiões e houve casos registrados em Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, de acordo com Sasaki.